1 Ano

Hoje é o dia Mundial dos Refugiados, eu ouvi isso na rádio enquanto vinha pro trampo.

Nesta mesma data a um ano atrás eu me acordava em mais um dia de férias agoniado com a greve da policia Federal que podia não me entregar o passaporte a tempo, mas também eufórico pra ligar o computador e teclar com a menina linda que eu estava conhecendo havia mais de uma semana.

Naquela terça-feira, 20 de junho de 2006 marcamos nosso primeiro encontro na praça do caranguejo, as 19h. Pra variar eu cheguei atrasado , tinha ido comer um Yakissoba no 310, se não fosse pela carona acho que ela teria ido embora e me bloqueado do msn.

Quando cheguei fui me dirigindo pra banca de revista onde havíamos marcado e pude vê-la ao celular, a primeira coisa que olhei foram as pernas, a bonitinha estava tentando mesmo me seduzir usando uma saia que valorizava bem tudo aquilo. Meio inebriado com tudo e não querendo atrapalhar a ligação apenas me aproximei e com um cumprimento simples beijei sua testa e cheirei seu pescoço.

Eu já havia explicado à ela que tenho problemas com perfume e que se ela estivesse usando um muito forte era capaz de eu ter uma crise de tosse no primeiro encontro. Então minha primeira frase quando ela desligou o telefone foi.

"Perfeito, você conseguiu o equilíbrio"

Conversamos muito , rimos bastantes, passamos acho que mais de 3 horas em uma conversa que variava do cómico ao formal e no nosso primeiro beijo... bem... eh!!!

eu passei mal. :D

Pois é minha pressão subiu e fiquei tonto (podem rir)

Ela notou que eu não estava bem embora eu tenha tentado disfarçar. Eu dei umas respiradas mais forte e parti pra outro beijo, demorado, degustado e com particularidades bem mais cômicas do que o primeiro. (mas esse é um segredinho só nosso)

Hoje então faz um ano que essas cenas se passaram, ela ainda tem no celular a mensagem que mandei perguntando:

"com ou sem barba?"

E eu ainda lembro da resposta :

"Tanto faz, mas como é primeiro encontro melhor sem"

A gente se deu bem , tão bem que não deu outra casamos 6 meses depois.

Eu sou um ser nostalgico